Sadomasoquismo X Abuso
Parte II
por Lust
Em meu artigo anterior dei início a um debate totalmente contextualizado do que temos desde os primórdios maquiado de relações sadomasoquistas.
Continuando nosso raciocínio lógico podemos obter uma amplitude de “achismos” neste mundo complexo e interessante que é o BDSM.
Torna-se uma linha tênue o pensar de forma ética e recheada de bom senso, porém se esquece que isto deve ser considerado como pilar principal para um bom convívio quando se quer adentrar e transitar entre a comunidade e ampliar seus prazeres sem que estes venham a ferir o próximo.
Obviamente, não estamos colocando em pauta o servo ou a serva que por vontade total e exclusiva decide entrar neste jogo de adultos, mas sim aqueles que utilizam o espaço e uma comunidade alternativa, onde a “liberdade” para viver seus desejos e prazeres não são vistos como macabro e doentio, estes de índole duvidosa, podem sim utilizar desta liberdade para criar um falso aval ou uma utopia de que a aqui trata-se de “Terra de ninguém”.
Sem regras, protocolos e convívio saudável gerado pelo bom senso e respeito à limites.
Desde o início deste descobrimento do sadomasoquismo somos correlacionados ao ser doentio que de forma criminal age por desvio psiquiátrico. É uma luta diária onde tentamos, por vezes em vão, desmistificar e tornar cada vez mais comum o falar sobre este tema.
E sim, infelizmente dentro deste jogo, que por sinal deveria ser algo que nos fizesse liberar o nosso eu e sair da caixinha do comum, há o que acha comum ultrapassar os limites de uma forma não consensual, há aqueles que ouvem uma safeword (palavra de segurança) e não a respeitam. Há ainda mais aquele que sente atração sexual por crianças e crê que isto seja associado a um fetiche que dentro da comunidade nomeamos como ageplay ou infantilismo.
Em todos estes pontos temos dois extremos:
Um pedófilo, o abusador ou abusadora que não respeita o limite do consensual, e do outro lado, dois adultos com a ideia fantasiosa, porém neste exemplo se trata de um simples fetiche e obviamente não de um desvio psiquiátrico.
Novamente trazemos a prosa e seu poder de ter um bom senso, do que trata-se de fato criminoso e o que é uma prática entre maiores de idade e seres adultos regido totalmente pela base SSC.
Não se engane, tu acharás em toda sociedade e comunidade pessoas que tenham uma bela máscara, estes serão extremamente educadas, e sem que tu percebas irão tecer a teia para que tu se prenda tanto de forma psicológica quanto física à ela.
Fique atento!
Se tu sente-se incomodada, e por várias e várias vezes se pergunta o que porque está se “submetendo” àquela situação sendo que isto lhe faz sentir degradada, sensibilizada, e te faz sofrer em silêncio; PARE e CORRA!
Estar em uma comunidade como praticante atuante é para lhe proporcionar prazer e não para que se sinta uma péssima pessoa.
Pense nisso!
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